A verdade é que até ao mês passado eu nunca tinha visto uma pessoa morta, ao vivo quero dizer. Nunca nenhum amigo ou conhecido teve uma morte idiota... sim sou uma dessas pessoas com sorte.
Primeiro não quis olhar, tinha aquela sensação que se olhasse tornava-se então oficialmente verdade. E mesmo depois, quando ganhei coragem e olhei... ainda não parecia verdade, parecia estar só a dormir, com o ar mais sereno do mundo. Queria desaparecer, fazer o tempo voltar atrás, ouvi-lo dizer "então Jacinta, está tudo bem?", ouvi-lo ralhar sobre qualquer coisa, ouvir conversas entre ele e o meu pai...
Não é nada como nos filmes, não há coisas certas pra dizer.
segunda-feira, 17 de janeiro de 2011
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